Natal: O valor econômico é muito determinante na percepção atual da arte

19-12-2020

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A extrema democratização dos serviços e da qualidade de vida, cada vez mais emancipando as tecnologias, leva muitos a buscar fortunas nos setores mais díspares e distantes de suas possibilidades.

Surge a necessidade de uma pequena base econômica por onde começar, no lugar da qual se possa fazer parte de um círculo virtuoso: em uma sociedade rica, quem quer tomar a iniciativa tem mais vantagens do que quem vive em uma sociedade pobre. Em encontrar meios, compradores, suprimentos. O obstáculo das sociedades opulentas é que o indivíduo, como artista, é incapaz de competir com as grandes multinacionais.

Infelizmente, mesmo que a educação pública permita a todos o acesso ao conhecimento, ainda há condicionamentos da sociedade em que a instituição está presente. Nas sociedades de consumo ocidentais, essas 'experiências incomuns' são difíceis de reconhecer pela classe média, acostumada a práticas de consumo bem estabelecidas: pense em produtos de grande sucesso, como smartphones, TVs, carros etc. Encontramos uma série de dinâmicas antes desconhecidas. O condicionamento que a economia exerce sobre o produto artístico já existe e é inevitável quando o habitat humano é constituído por 'lojas' virtuais e físicas que vendem produtos de consumo. Portanto, vivemos no paradoxo de uma sociedade rica, mas que dificilmente pode produzir uma qualidade de consumo e discernimento.

No caso da arte, como justiça e política, a especulação econômica deve ser trazida de volta ao seu leito e permitir que a arte sobreviva à corrupção e à vulgaridade dos interesses pessoais. A área de arte é um espaço público e, como tal, sagrado. Não há moralidade na arte, nem ética na arte, mas nas relações que animam o sistema e a história da arte. A alma comum talvez seja cada vez mais difícil de reconhecer e respeitar.



Davide Tedeschini